A formatação humana sistêmica no Brasil, em Sento-Sé, ainda pior, “formatou enorme parte da população para achar que não é preciso ser honesto na vida pública, basta ser na vida social!... Entendem que muitas coisas que contrariam a lei são importantes, basta lhes dá qualquer vantagem pessoal com dinheiro público – movidas pela condição de necessidade, ou não, querem atendimento pessoal numa relação que pode ser vista como viciosa!
Indo por outro viés da argumentação, a liberdade de expressão é da democracia – exige responsabilidade jurídica e social com o que se diz. A discussão política, econômica social tem uma forte relação com a busca do exercício da cidadania. Em fase mais repressiva, opressora, ditatorial, como já vivemos, não era possível ficar à vontade para opinar criticando qualquer coisa relacionada à condição de um Sistema Político Social da ideologia capitalista e em uma das suas fazes mais corporativa, personalista e ditatorial.
Falar, direta e indiretamente, contrariando o modelo de organização da sociedade conservadora, sempre foi um compromisso meu e de outras pessoas, apesar do perigo!... Eu tenho sido vítima de perseguição, palavras chulas, retaliação e ameaça direta e indireta pelo meu jeito de ver/vê, sentir, posicionar-me e criticar, como militante e dirigente político ideológico de esquerda que sou. Essa condição áspera é normal, mas não deixa de ser condenável quando atenta contra a quem busca a civilidade humana!
Provoquei, no melhor dos sentidos, a discussão popular ao afirmar com senso lógico, embasamento técnico, responsabilidade social, e compromisso em contribuir para qualificar nosso meio de convivência social, ao afirmar que 90% da nossa população tem um ou mais tipo de comportamento caracterizado como relacionado com a corrupção, com base em três coisas enfáticas: 1 - a definição feita pelo Ministério Público; 2 - o que diz as Leis que trata disso; 3 – o que temos ouvido e vivenciado. Uma página deve não caber a relação autêntica de todos comportamentos fora da lei e da lógica social do dia-dia brasileiro e sento-seense.
Muita gente, de uma forma ou de outra, envolveu-se nessa discussão: me xingando; criticando; me defendendo; afirmando o que eu falei da mesma e de forma pouco diferente pra mais e menos!... Ouvindo áudios de grupos do WhatsApp, comentários de Blogs e Facebook; ligações telefônicas; conversas pessoais. Infelizmente a conversa não chegou às emissoras de rádio. Podemos nos perguntar: qual é mesmo o percentual de pessoas envolvidas com ilicitudes? Qual o problema de se discutir ilegalidades de comportamentos pessoais e sociais? Perguntando à opinião de pessoas lúcidas, sobre esse assunto, eu ouvi opiniões entre 60% e 99%. Na melhor das suposições, estamos precisando melhorar bastante – a começar pela autocrítica!
No Blog Herton Escobar no site do Jornal Estadão de SP, como parte de um Projeto que discute a corrupção no Brasil, afirma que: “Corrupção é problema sistêmico e cultural na vida brasileira”!... “O projeto é fruto de uma parceria entre a USP - Universidade de São Paulo e o próprio jornal, com apoio da Livraria Cultura do conjunto nacional, que envolve especialistas da comunidade acadêmica para conversar”. Outros meios de comunicação têm discutido a corrupção com caus as, efeitos, números e consequências sociais, mesmo parecendo não ser um assunto de preocupação e interesse geral!
Há anos eu escrevi um texto sobre corrupção, o ilustrei com um resumo de reclamações sociais, porém, se não me foge a memória, não fui capaz de despertar o interesse dos blogs em postar!... Em outro momento eu escrevi sobre o Encontro das Nações Unidas no México em 2003, sobre a corrupção: origem, causas, consequências e respectivas medidas para combatê-la – basta solicitar no Google que encontra isso com detalhes. Com ajuda do jornalista Antonio Batista de Britto, escrevi sobre o Sistema Político Ideológico de Sento-Sé: a natureza dele; sua origem; a trajetória histórica; os dias atuais; a face das ilegalidades e a problemática social que afetam a vida da população e nos denuncia em diversos indi cadores sociais oficiais e nos anais da imprensa regional!
Algumas pessoas ao me cumprimentar ultimamente, foram logo dizendo; “olhe, eu faço parte dos 10%”, alguns riram em seguida - as parabenizei e demos continuidade na conversa em tom de descontração, preocupação e responsabilidade!... Por diversas vezes, há pelo menos duas décadas, me envolvi em conversas amistosas e de atritos políticos sociais, me dando inclusive, direta e indiretamente, o desprazer de ter algumas relações pessoais com “atritos”, inclusive intrigas, mas, quando um não quer, dois não se comunicam!
A minha, a nossa vida pregressa e atual é gravemente atingida pelos problemas sociais do sistema tradicional (...)!... A famigerada formatação humana imposta a nossa sociedade se não evitou as nossas qualificações pessoais e sociais, mas, não permitiu as maiores, melhores e necessárias reações coletivas para traçar uma melhor rota do destino, salvaguardando as exceções de período e conjunto de pessoas!
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