Construído com átomos super-resfriados presos dentro de uma grade de raios laser, o aparelho é quase mil vezes mais preciso do que os relógios atômicos atuais

Relógio atômico: ele atrasa um segundo a cada 16 bilhões de anos e pode medir variações na gravidade (Reprodução)
São Paulo – Cientistas japoneses anunciaram a criação um relógio atômico que atrasa um segundo apenas a cada 16 bilhões de anos.
Construído com átomos super-resfriados presos dentro de uma grade de raios laser, o aparelho é quase mil vezes mais preciso do que os relógios atômicos atuais.
Atualmente, o relógio atômico mais preciso do planeta atrasa um segundo a cada 100 milhões de anos.
Os pesquisadores afirmam que relógios com esse grau de precisão podem estimular novas pesquisas no campo da física, ao permitir a medição de pequenas variações na força da gravidade.
Isso porque, em uma força gravitacional mais forte, o tempo se move mais devagar do que em um campo mais fraco — teoria de Albert Einstein que é uma das “estrelas” do filme Interestelar.
Ao instalar esses relógios super-precisos em diversas profundidades ao redor do mundo, será possível medir pequenas mudanças na gravidade do planeta Terra.
O aparelho também pode ajudar geólogos a entender alguns dos processos que geram os terremotos e até a prevê-los.
Hidetoshi Katori, chefe da equipe que projetou o dispositivo no Centro RIKEN em Yokohama, afirmou que o relógio poderá ser usado para desenvolver um novo padrão internacional para medir os segundos.
“Esperamos que no futuro ele estimule a criação de uma nova definição para o segundo, ainda baseado nos relógios atuais, para um padrão ainda mais preciso”, afirma Katori.
Atualmente, os segundos são definidos pela Tempo Atômico Internacional, que usa a oscilação dos elétrons dentro de um átomo de césio quando é resfriado até o zero absoluto.
Cada vez que os elétrons oscilam, eles emitem micro-ondas que podem ser medidas.
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