BRASIL
As gravações de corrupção envolvendo figurões da política Nacional, que circulou na imprensa em geral de ontem para hoje, inclusive nos meios de comunicação de clara sustentação política ideológica deles, só estarreceu ao País, porque depõem contra um processo amoral de manipulação da sociedade, há tempo em curso, com informações floreadas, podadas, pouco divulgadas, para o povão não entender, nem compreender.
Ocupantes de altíssimos cargos institucionais e até eletivos como a Presidência da República, sendo personagens de noticiários que afetam, direta e indiretamente, ao restante da moral social que o Brasil ainda tem. De modo que podemos fazer, aqui, afirmações e perguntas responsáveis, apesar do medo que o poder do Estado nos impõe: O impeachment foi, ou não, um golpe para colocar uma quadrilha no poder e controlar as investigações de combate a corrupção, em especial na Lava-Jato?; determinadas autoridades do poder judiciário agiram ou não contra a lei e de forma partidária?; não temos visto o interesse necessário, ou mínimo possível para se identificar as mazelas do nosso sistema político e encaminhar as medidas adequadas para ir minimizando as possibilidades de desvio do dinheiro público!; as malignas reformas, com destaque maior para a da Previdência e a Trabalhista, atentam contra a sociedade e favorece a elite econômica, ou não?; tá claro que o rigor da lei não é para todos: a corrupção é cultura e o seu combate geral tem sido limitado e partidário – tudo isso já seria a própria corrupção em si.
Ministro da Suprema Corte tem se posicionado de público, partidariamente. Juiz de direito tem sido apontado como autor de medida ilegal em processo político e criticado direta e indiretamente de agir perseguindo. Políticos ocupantes de cargos públicos dos poderes Legislativo e Executivos têm sido acusados de “golpistas”, mesmo diante de fortes autodefesas deles, não parecem que se livraram da má fama. Cidadãos comuns fizeram defesas na internet e no dia-dia de figuras políticas que nunca se comportara como merecedoras de tais defesas, e tais defensores nunca foram partes da classe social dessas criaturas, muito menos da preocupação deles.
Feliz foram os argumentos que criticaram a visão elitizada da criação do Estado e como o colocaram a serviço deles mesmo, sem nunca se preocupar com a importância institucional e se preocupando muito pouco com o destino da sociedade!... Não tem conversa, é verdadeira a afirmação de que: “a nossa democracia está golpeada”!
Naturalmente há muita gente sentindo-se de “peito lavado”, ao ver o desmascaramento quase geral do processo de manipulação, o uso indevido do Estado por poucos, a politização de decisões oficiais, o argumento dos que tentavam a inversão de valores entre a verdade e a mentira.
Que esse momento de agravamento da crise econômica, social, moral, política e institucional, possa levar às pessoas, a partir das mais comuns, à fazerem maior reflexão, mudar para melhor e ampliar a sua contribuição pessoal contra o atual sistema político social, combatendo-o e não o alimentando, para que o Brasil tenha uma “reviravolta”, pare de descer a ladeira e busque o caminho do desenvolvimento econômico sustentável com inclusão social.
Laurenço Aguiar – Sento-Sé/Ba.
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